terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os Intocáveis franceses

Ricardo Icassatti Hermano

Numa tarde dessas, recebi um telefonema da minha querida amiga Rosa Costa - Rosão para os íntimos - me intimando a acompanhá-la numa sessão de cinema. O filme era uma produção francesa que vem fazendo sucesso mundo afora: Intocáveis. Não confundir com o americano "Os Intocáveis". Conosco, iria também outra velha amiga, a Little Mary

 Cartaz do filme

Inicialmente, fiquei apreensivo com o convite. Rosão acabava de retornar de uma longa estada em Paris, onde realizou o sonho de viver como uma verdadeira parisiense. Little Mary nunca me convidou para assistir um filme que prestasse. Sempre foram filmes "cabeça", preto e branco, europeus, com muita viadagem etc. Sendo o filme francês, Rosão recém-chegada de Paris e Little Mary com seu histórico cinematográfico, vocês podem entender a minha apreensão.

O encontro de dois mundos constrói uma bela amizade

Mas, eu estava morrendo de saudades da Rosão e não via Little Mary havia algum tempo. Então, resolvi arriscar. E me dei bem. O filme é sensacional e leve, apesar de tratar de um tema pesado. O enredo é o seguinte: Philippe - interpretado por François Cluzet - é um aristocrata milionário que ficou tetraplégico  após um acidente esportivo. Ele começa a entrevistar candidatos ao emprego de cuidador. No meio dos candidatos aparece Driss - magistralmente interpretado por Omar Sy -, um jovem imigrante do Senegal sem papas na língua que estava atrás apenas do seguro- desemprego.

O humor alivia qualquer barra pesada

Essa relação, que parece improvável, se transforma numa grande amizade, com todos os percalços naturais. E não pensem que se trata de uma bela história inventada por alguém com muita imaginação. A vida sempre supera a arte. O filme é baseado numa história real. O encontro desses dois mundos acaba sendo proveitoso para os dois personagens. Um ensina ao outro aquilo que conhece. Assim, o aristocrata Philippe ouve Earth, Wind & Fire e fuma maconha, enquanto Driss aprende sobre arte, pintura e as agruras da vida. São amigos até hoje.

Enquanto houver vida, há sexo, drogas e Rock'n Roll

No cinema, passei apertado mais uma vez. Não havia experimentado esse tipo de assédio imoral desde a última vez, quando Little Mary e Clarita atacaram impiedosamente as minhas amêndoas caramelizadas assim que as luzes se apagaram. Dessa vez, Rosão e Little Mary atacaram violentamente as minhas coxinhas. Além disso, saí do cinema ensopado pelas lágrimas das duas sensíveis choronas que precisam de uma reposição hormonal urgente. Apesar de tudo, o filme é engraçadíssimo e comovente, vale o ingresso. Veja o trailer:


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