terça-feira, 7 de agosto de 2012

Café no combate ao Parkinson

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Além de ser a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, o café também tem sido um dos produtos alimentícios mais estudados. Pesquisadores estão muito interessados em identificar os seus benefícios para a saúde humana.

O café apresenta em sua composição o Ácido Caféico e os Ácidos Clorogênicos, que são excelentes agentes antioxidantes. Esses componentes previnem a formação dos radicais livres, que são moléculas causadoras do envelhecimento precoce e podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer.

Segundo a Associação Americana do Coração, American Heart Association, o consumo frequente de duas xícaras diárias foi responsável por diminuir o risco de derrames em mulheres não fumantes.




Um recente estudo realizado na McGill University, no Canadá, revelou que a cafeína pode ajudar a controlar os movimentos de doentes com Parkinson. Essa descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novas abordagens para combater a doença.

"Investigações já mostraram que pessoas que bebem café têm um risco menor de desenvolver Parkinson, mas até agora nenhum estudo tinha olhado para as implicações clínicas imediatas desta descoberta", diz o principal autor do estudo, Ronald Postuma.

Os investigadores acompanharam um grupo de 61 pacientes com Parkinson divididos em dois grupos. Um grupo recebeu placebo, o outro recebeu dose de 100 mg de cafeína duas vezes por dia durante três semanas e, em seguida, 200 mg duas vezes por dia durante mais de três semanas. Os indivíduos que receberam suplementos de cafeína apresentaram melhorias nos sintomas motores.

A cafeína apresentou apenas efeitos superficiais sobre a sonolência, não afetando quadros depressivos ou a qualidade do sono noturno dos participantes do estudo. A pesquisa prosseguirá em maior escala e por um período mais longo.

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