sábado, 27 de novembro de 2010

Una Estrella Y Dos Cafes


Romoaldo de Souza

A paisagem está longe da glamorosa Buenos Aires. O café nem de longe lembra os bons colombianos vendidos no Café Tortoni, fundado em 1858 com uma tradição impecável na escolha dos grãos. A música não se assemelha aos tangos modernos de Gotan Project, Bajofondo ou San Telmo Lounge.

O enredo é simples. É quase trivial. Um casamento à beira do abismo, um amor impossível e uma paisagem exuberante, numa pequeninha cidade ao Norte da Argentina. A trilha sonora de autoria dos irmãos Tukuta e Lucas Gordillo é bem apropriada para a região andina. Flautas rústicas, beirando o som de "El Condor Pasa".

O arquiteto Carlos, personagem de Gaston Paulus vai a Purmamarca, distante 1.600km de Buenos Aires, deixando para trás Ana, personagem da espanhola Ariadna Gil. Ao chegar ao vilarejo descobre que a estada naquela fria cidade não estava fadada a ir além da feira de artesanato.

O amor platônico de Estela por Carlos não se resume ao sofrimento
nem ao abandono. Os dois tornam-se amigos e passam
a dividir longas cumplicidades

"Una Estrella y Dos Cafes" conta momentos do amor platônico de Estela (Marina Vilte), uma menina de 13 anos que passa a fazer o papel de guia do arquiteto e contadora de história da vida das estrelas.

Com um argumento simples, o diretor Alberto Lecchi, de El Sueño de Cecilia e o aclamado Compartidos Secretos, conduz às entranhas de um amor impossível e uma tentativa de reconciliação, mesclando ternura e paixão.

"Una Estrella y Dos Cafes" é o filme deste fim de semana. Bom domingo e bons cafés!



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