quarta-feira, 5 de maio de 2010

Michael, Anjo e Sedutor - Sessão da Tarde


Ricardo Icassatti Hermano

O ator John Travolta percorreu um longo caminho na carreira, desde Grease (Nos Tempos da Brilhantina) e Saturday Night Fever (Os Embalos de Sábado à Noite), quando era apenas um garoto que dançava muito bem. Como qualquer um de nós, teve altos e baixos, cometeu erros, pagou micos impagáveis e quase viu o fim da carreira.

Uma longa carreira até os US$ 20 milhões por filme

Dentre os micos - que não foram poucos - destaco o filme Battlefield Earth: A Saga of The Year 3000 (A Reconquista). Uma pretensa ficção científica que não passava de uma concessão feita à seita que frequenta desde os 21 anos de idade, a tal da Cientologia. Os fãs do gênero ficaram furiosos. Eu incluído.

Isso é o que chamo de mico impagável

Renasceu pelas mãos do genial diretor e roteirista Quentin Tarantino, que é fã confesso de filmes trash, único meio em que Travolta ainda conseguia algum trabalho. Em 1994, o ator saiu do limbo com o filme Pulp Fiction, em que faz um assassino de aluguel sem noção. Passou a ter mais altos do que baixos na carreira.

Como estou no estaleiro devido a uma forte gripe, o vírus do ano, minha diversão tem sido a TV paga. Num dos canais High Definition, revi ontem um dos meus filmes favoritos com o Travolta.

O filme, na verdade um road-movie, chama-se Michael (Michael, Anjo e Sedutor), em que o ator faz o papel do Arcanjo que desce à Terra com a difícil missão de fazer um repórter reencontrar seu coração. Todo mundo sabe que jornalista é uma raça sem coração ...

Cartaz do filme

Só que o Arcanjo é uma figuraça. Fuma, bebe, adora uma briga, dança e come açúcar às colheradas. E pega a mulherada nos intervalos. O filme é engraçadíssimo e ainda tem no elenco as feras William Hurt, Andie MacDowell, Robert Pastorelli e Bob Hoskins. Os três primeiros são os jornalistas que vão investigar a estória de um anjo para um jornaleco sensacionalista.

Um Arcanjo figuraça

Uma das cenas mais legais é quando o Arcanjo fala com o repórter, vivido por William Hurt: "Lembre-se sempre de John e Paul". O repórter devolve: "Os apóstolos?". O Arcanjo: "Não. Os Beatles. All we need is love". Exatamente : )

Diversão light para uma tarde deitadão na cama, tossindo e espirrando. Acho que o filme ainda pode ser encontrado em DVD nas boas locadoras. Veja a cena em que Michael dança num bar com a mulherada.



2 comentários:

Heleny Campoy disse...

Aquele tipo de filme que fala pouco. Mostra muito. Diz mais ainda nas entrelinhas ou seria entrecenas? Adorei a idéia da imperfeição do imperfeito. Quanto aos jornalistas? Eles tem coração, só o mantém escondido, protegido.

Obrigada pelo post.

Café & Conversa disse...

Cara Heleny,

Estamos sempre às ordens : )
Você já conhecia esse filme?

Abraço

Café & Conversa